Uma linda coroação realizada no dia 04 de junho de 2012. A participação dos professores, alunos e do CEI da tia Zilda no Parque São Geraldo abrilhantou a nossa festa...
EMEI Zuila Morais
domingo, 17 de junho de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Jogos e
Brincadeiras para a Educação Infantil
Maria do Rocio M. Buczek
Apresentação: A importância do
Lúdico no desenvolvimento infantil
O mundo do lúdico é um mundo onde a criança está em
constante exercício. É o mundo da fantasia, da imaginação, do faz-de- conta, do
jogo e da brincadeira. Podemos dizer que o lúdico é um grande laboratório que
merece toda atenção dos pais e educadores, pois é através dele que ocorrem
experiências inteligentes e reflexivas, praticadas com emoção, prazer e
seriedade. Através do brinquedo e das brincadeiras ocorre a descoberta de si
mesmo e do outro, portanto, aprende-se. É no brincar que a criança está livre
para criar e é através da criatividade que o indivíduo descobre seu eu. Segundo
Platão: “Você aprende mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que
uma vida inteira de conversação.” Pode-se dizer, que as brincadeiras e os jogos
são as principais atividades físicas da criança; além de propiciar o
desenvolvimento físico e intelectual, promove saúde e maior compreensão do
esquema corporal. É jogando que a criança aprende a respeitar regras, limites,
esperar a vez e aceitar resultados. O brincar e o jogar para a criança não é
apenas um passatempo ou simples diversão mas, um momento sério, pois está
aprendendo o que ninguém pode lhe ensinar, descobrindo o mundo e as pessoas que
a cercam. E o que é o faz-de-conta? É exercitar e promover o seu raciocínio
abstrato. Por exemplo: uma criança ao amassar uma folha de papel formará uma
bola, que para ela poderá ser a bola de um famoso time de futebol, ou de um
famoso jogador de tênis... enfim, estará fazendo uso da abstração para construir
através da imaginação o seu mundo. Nesse sentido, esta apostila reúne diversas
experiências para brincar com as crianças. As brincadeiras são voltadas à faixa
etária de 4 a 6 anos, podendo algumas serem adaptadas às crianças de 3 anos. O
importante é que as brincadeiras façam parte do cotidiano do trabalho na
educação infantil. Brinque todos os dias com as crianças. Elas vão adorar. Bom
divertimento!
1.
Arco – Íris A – fazer um arco-íris no chão com giz ou tiras de papel
crepom coloridas. Colocar no final do arco-íris um baú (caixa de papelão) com
brinquedos, bexigas, objetos ou fantasias que correspondam às cores do arco-íris
desenhado no chão. Execução: formar fileiras, uma para cada cor atrás de uma
linha em frente ao arco-íris a mais ou menos 1m de distância ao sinal do
professor, os primeiros de cada fila deverão sair andando por cima da linha até
o baú e trazer um objeto que corresponda à cor de sua equipe. Todos deverão
repetir o mesmo processo; a próxima criança sairá somente quando seu companheiro
ultrapassar a linha de chegada. A equipe que primeiro completar o jogo será
vencedora.
2.
Arco – Íris B – quando utilizar bexigas, seguir o mesmo processo acima
onde as crianças deverão pegar no baú uma bexiga que corresponda à cor de sua
linha e estourá-la, sentando em cima, antes de retornarem às filas.
3.
Arco – Íris C – igual às brincadeiras acima utilizando fantasias, roupas
e adereços diferentes como perucas, chapéu, vestido, calça, nariz de palhaço ou
outro, xales etc, quando todos estiverem com as suas peças na mão deverão vestir
(fantasiar) um colega. Vence a equipe que vestir primeiro e for a mais
criativa.
4.
Bolinhas de pingue-pongue – Soprar bolinhas de ping-pong: traçar duas
linhas a uma distância de 3m uma da outra e formar fileiras uma de frente para a
outra atrás das linhas. Inicia-se o jogo dando uma bolinha para as primeiras
crianças de cada fila de um dos lados, estas deverão soprá-las até seus
companheiros das filas à frente indo para trás destas filas. A criança que
recebeu a bolinha repetirá a mesma ação para o outro lado e assim
sucessivamente. Se for em forma de competição, vence a equipe que terminar
primeiro.
Dois a dois
lançando a bolinha com as mãos, um para o outro, deixando quicar no chão antes
de pegá-la (deixar quicar 1x, depois 2x, 3x, 4x etc)
Jogar na
parede e pegar com as duas mãos, jogar no teto e deixar quicar no chão,
1,2,3,4... antes de pegá-la
Caçar a
bolinha com caixa de sapato – 2 a 2, um com uma caixa de sapato e outro com
bolinhas (de pingue-pongue, papel, isopor, etc). ficam distantes mais ou menos
2m, dependendo do tamanho (idade) da criança. Enquanto uma lança as bolinhas a
outra deverá caça-las com a caixa.
5.
Caixas de sapato – Patins com caixas de sapato – fazer várias fileiras
onde os primeiros receberão 2 caixas de sapatos sem tampa que serão os patins.
Colocá-los atrás de uma linha de saída. Ao sinal, deverão correr até um ponto
pré-determinado, podendo ter uma cadeira para contorná-la, e retornar entregando
os patins para o próximo que repetirá a mesma ação e assim por diante. Vence a
equipe que as crianças acabarem o percurso primeiro.
Carrinho com
caixa de sapato – amarrar um pedaço de barbante em uma das extremidades da caixa
para puxar. Esta brincadeira poderá ser cada criança com seu carrinho buscando
objetos, figuras, letras, números etc., solicitados pelo educador.
Rebater a
bolinha: com o fundo da caixa de sapato ou com as tampas, como tênis ou
pingue-pongue.
6.
Revezamento – formar fileiras como mostra o desenho anterior; na linha
traçada e em frente a cada equipe colocar um objeto ou uma bola. O objetivo do
jogo é: uma criança vai buscar o objeto e a outra vai levar. Vence a equipe onde
todas as crianças executaram a ação.
7.
Desenho comunitário com música – espalhar folhas de papel pela sala e
lápis colorido. Ao som de uma música, as crianças deverão caminhar no ritmo
dançando e, ao parar a música, começar a desenhar, cada uma em uma folha; a
música retorna, e voltam a caminhar. Ao parar novamente a música, vão até outro
papel, e continuam o desenho do colega. Isto se repete até que o educador
observe que os desenhos já se definiram. No final todos pegam um papel e
comentam sobre o desenho mostrando a todos.
Fonte: Blogger " O Diário da Creche "
Salas
Ambiente - Característica da estratégia reside na variedade e na
natureza das atividades
Ao longo dos últimos anos, os educadores da Escola
Municipal de Educação Infantil Dr. Ruther Alberto Von Mulher tem se preocupado
com a verdadeira identidade de um estabelecimento de ensino voltado à faixa
etária dos 0 aos 6 anos, porque acredita que ele deve ser um espaço prazeroso,
acolhedor e estimulador para o convívio das crianças. Isto nos remete à idéia
que o processo ensino/aprendizagem, então precisa estruturar-se com base em uma
metodologia diferenciada, específica e direcionada pedagogicamente para as
crianças dessa faixa etária, com propostas de trabalho adequadas às variadas
situações e de acordo com as possibilidades e necessidades dos alunos. Uma das
propostas pode ser a identificada como salas-ambiente, organizadas por sistema
de rodízio, mas conservando a divisão (por turmas) dos grupos de crianças,
segundo a idade, com o atendimento de um professor ou de uma professora de
referência. A característica principal do sistema de salas-ambiente reside na
variedade e na natureza das atividades, uma vez que nelas se oferecem
oportunidades diversificadas e liberdade na escolha e no manuseio de materiais,
além de proporcionar a ampliação dos espaços de trabalho e circulação das
crianças e desencadear uma relação significativa com a professora. As
salas-ambiente (que não são as conhecidas salas de aula) consistem, pois, em
espaços físico-pedagógicos organizados, com vistas a estimular todas as áreas do
conhecimento de modo a contemplar a criança como um todo. O trabalho não pode
ser realizado, portanto, de forma fragmentada, mas desenvolvido a partir de
projetos e redes temáticas que visam a interdisciplinaridade, à construção do
conhecimento e à interação do indivíduo com o meio, dando oportunidade para o
fantasiar, o criar, o brincar de faz de conta, até apropriar-se da realidade que
o cerca. É importante que o aluno seja tratado de modo personalizado e
valorizado como indivíduo, porque a ele deve ser dado o direito de experimentar,
criar hipóteses, pensar, comparar, estabelecer relações e aprender por meio do
ensaio e erro. Ele não deve receber o conhecimento pronto porque a aprendizagem
é constantemente construída. Este tipo de trabalho permite que as crianças
estejam sempre motivadas para realizar as tarefas, participando, questionando,
sugerindo e, até, monitorando os colegas. Com isto, a auto-estima e a confiança
aumentam e se transformam em prazer de aprender. É preciso considerar, também,
que o educador não é dono do saber, mas um orientador, incentivador,
viabilizador do processo ensino/aprendizagem, provocador de situações
problemáticas a serem resolvidas e regulador de conflitos. Na escola, é preciso
que ele utilize procedimentos democráticos, respeite o tempo de aprendizagem de
cada aluno, aproveite os conhecimentos que a criança tem, servindo-se deles para
desencadear novas aprendizagens. Professor deve ser um pesquisador, um analista,
um questionador, um desafiador, um instigador, um crítico e um estimulador
criativo, dinâmico e um avaliador das práticas pedagógicas e de seus resultados.
Para por em prática um trabalho com a metodologia das salas-ambiente, é
necessário levar em conta as orientações encontradas em Gardner (Inteligências
Múltiplas) e Goleman (Inteligência Emocional). A partir das informações
oferecidas por estes autores, a escola poderá definir-se por quantas
salas-ambiente desejar ou necessitar de acordo com as possibilidades
técnico-pedagógicas administrativas. Sugerimos, neste artigo, dez
salas-ambiente, a seguir descritas, que visam ao desenvolvimento das
inteligências.
- Inteligência lingüística: todos os espaços físicos constituem-se em ambientes para trabalhar a inteligência lingüística, podendo ser mais incentivada, entretanto, na biblioteca da escola, na sala de leitura e na sala de artes. Essa inteligência permite a construção de imagens com o uso da palavra: desenvolvimento da expressão.
- Inteligência lógico-matemática: pode ser desenvolvida na sala do jogo, proporcionando ao aluno a construção de imagens com signos numéricos e geométricos
- Inteligência espacial: é trabalhada na sala de psicomotricidade, no parquinho e no ginásio de esportes de forma a
- Inteligência corporal-cinestésica: pode ser incentivada na sala de artes e na de psicomotricidade, para promover o desenvolvimento das habilidades de resolver e de elaborar formas de comunicação e de expressão por meio do corpo.
- Inteligência naturalista: pode ser estimulada na sala de educação ambiental e no parquinho, oferecendo possibilidades para compreensão maior do mundo natural, a partir de caminhadas por trilhas para observação, exploração e experimentação no meio ambiente natural.
- Inteligência pictórica: na sala de produção, pode-se promover o desenvolvimento dessa inteligência e busca-se oferecer à criança a possibilidade de criar imagens gráficas. Esta categoria não é citada por Gardner, mas encontra-se presente, discutida e estudada em Celso Antunes, na obra Inteligências Múltiplas e seus estímulos
- Inteligência interpessoal: em todas as salas-ambiente e, especialmente, nas do brinquedo, do jogo e no parquinho, podem ser oportunizadas situações para que as crianças desenvolvam as habilidades de compreender e respeitar o outro
- Inteligência intrapessoal: deve ser incentivada em todas as salas-ambiente, proporcionando às crianças situações de reflexão sobre as atitudes, os conceitos, as idéias, bem como a valorização de ser único e diferente
- Inteligência espiritual: abordando o caráter existencial do indivíduo, esta inteligência também deve ser estimulada em todas as salas-ambiente, sendo mais aprofundada nas atividades de Filosofia com crianças. Usando o diálogo como estratégia de uma comunidade de investigação (grupo de alunos –turma – voltado para a busca de informações, discussão, debate, solução de problemas, etc), é preciso explorar as vivências, os aspectos histórico-pessoais, as brincadeiras, levando as crianças a refletirem sobre o sentido da vida, da morte, dos valores, dos sentimentos e emoções. Essas nove categorias podem ser trabalhadas em dez ambientes diversificados. Isto não significa que a escola deva criar “espações” específicos (salas de aula) para cada ambiente, mas sim aproveitar os espaços existentes, organiza-los, torna-los adequados e criar um clima de trabalho estruturado, com base na riqueza das propostas, das atividades, do envolvimento pessoal e do preparo pedagógico. Conseqüentemente, torna-se portanto, necessário desenvolver atividades que promovam a educação emocional que pode ampliar os relacionamentos, criar possibilidades de afeto entre as pessoas, tornar possível o trabalho cooperativo e facilitar o sentido de comunidade.
As atividades realizadas nas salas-ambiente podem
oportunizar o desenvolvimento de habilidades tais como:
- Conhecer os próprios sentidos: Muitas pessoas, mesmo na fase adulta, não conseguem definir seus sentimentos, nem o surgimento dessas sensações. Por isso, dever-se-á trabalhar sob o enfoque filosófico, os sentimentos de amor, de vergonha, de orgulho, de tristeza, de medo, por meio de vivências, de histórias, de diálogos pelas comunidades de investigação em todas as salas-ambiente. Assim. Quando adulta, a criança poderá ter condições de avaliar seus sentimentos e a influência que estes causam nas pessoas que os cercam.
- Ser dotado de empatia: Na sala do brinquedo, do jogo, do teatro, as crianças devem ser estimuladas no faz-de-conta ou nas tentativas empíricas, a se identificarem com situações ou com pessoas do seu cotidiano. Assim, quando adultas, as crianças poderão ter a capacidade de perceber a causa e a intensidade dos sentimentos do seu semelhante
- Aprender a controlar as próprias emoções – Em todas as salas-ambiente, a criança deve ser incentivada a controlar suas emoções, seja na sala do jogo por meio da alegria de ganhar, ou pela raiva de perder, seja na sala do brinquedo, compartilhando brinquedos, seja na sala de educação ambiental, controlando ou aguçando a curiosidade através de experiências, seja na sala de artes, dramatizando histórias, músicas, parlendas com fantasias ou máscaras e com pinturas expressando sentimentos de tristeza, de alegria, de amor, de culpa, seja na sala de leitura e na biblioteca, desenvolvendo a habilidade de ouvir o outro e de expressar o que sente, através de diálogo, de teatro de fantoches, seja na sala de produção, escolhendo um material por vez para trabalhar, seja na sala de psicomotricidade, no ginásio de esportes e no parquinho, trabalhando com sentimentos de paciência, de fúria, de competição e de cooperação. Em cada ambiente, a criança pode aprender a maneira produtiva de expressa ou de adiar seus sentimentos e expressões até o movimento adequado para o mesmo
- Remediar danos emocionais: Todo ser humano comete deslizes emocionais e magoa pessoas. Porém todo o ser humano deve aprender a conhecer, a reconhecer e a reparar aquilo que fez. Por isso, deve-se trabalhar na sala de integração com todos os alunos da escola de forma lúdica, por meio da auto-avaliação, levando a criança a assumir a responsabilidade de buscar a reparação do erro e transformar sua atitude
Mãos à obra
Para a implantação das salas ambiente, é preciso realizar na escola estudos e discussões com os professores e com funcionários. A cada discussão podem surgir novas dúvidas e angústias, pois a proposta prevê uma mudança de estrutura, não somente física, mas pedagógica e metodológica. Após um tempo de estudos e de muito trabalho, podem ser implantadas, na prática, as salas-ambiente. Num primeiro momento, pode-se optar por oito ambientes, como por exemplo: sala de leitura, sala de produção, sala de psicomotricidade, sala de brinquedo, sala do jogo, biblioteca, parque, ginásio. A escola deve organizar um cronograma de uso (rotatividade) para que cada turma, durante a semana, possa freqüentar todas as salas, sendo utilizadas duas salas-ambiente diariamente, mais o parquinho, por turma.
Para a implantação das salas ambiente, é preciso realizar na escola estudos e discussões com os professores e com funcionários. A cada discussão podem surgir novas dúvidas e angústias, pois a proposta prevê uma mudança de estrutura, não somente física, mas pedagógica e metodológica. Após um tempo de estudos e de muito trabalho, podem ser implantadas, na prática, as salas-ambiente. Num primeiro momento, pode-se optar por oito ambientes, como por exemplo: sala de leitura, sala de produção, sala de psicomotricidade, sala de brinquedo, sala do jogo, biblioteca, parque, ginásio. A escola deve organizar um cronograma de uso (rotatividade) para que cada turma, durante a semana, possa freqüentar todas as salas, sendo utilizadas duas salas-ambiente diariamente, mais o parquinho, por turma.
O sonho torna-se realidade
A proposta constitui-se num desafio e pode ser motivo
de satisfação e orgulho para os professores, para os funcionários e para a
comunidade escolar, pois com a mudança, as crianças que freqüentam a escola
começam a demonstrar maior entusiasmo, prazer e iniciativa em ir para a sala de
aula, como acontece em nossa escola. A proposta pode ser incrementada e, à
medida que se desenvolve o trabalho, poderão ser implantadas mas salas-ambiente,
como, por exemplo, a sala de artes e a sala de educação ambiental. Este trabalho
está agregado à filosofia para a criança que a Secretaria Municipal de Educação
e Cultura de Erechim/RS orienta como incremento ao currículo da Educação
Infantil e do Ensino Fundamental das escolas municipais. Esta secretaria
acredita que o investimento na formação permanente dos professores contribui
para o sucesso desta proposta. Sugerimos atividades que podem ser realizadas nas
diferentes salas-ambiente, constituindo-se em um projeto que oportunize ao aluno
refletir sobre as várias idéias apresentadas.
Bibliografia
Antunes, Celso. Alfabetização emocional, novas
estratégias. Inteligências múltiplas e seus estímulos
Belinky, Tatiana. Diversidade
Gardner, Howard. Inteligências múltipas: a teoria na
prática
Goleman, Daniel. Inteligência Emocional
Otero, Regina: Renno, Regina. Ninguém é igual a
ninguém
Sieiner, Claude: Perry, Paul. Educação Emocional, um
programa personalizado para desenvolver sua inteligência emocional
Fonte: Blogger " O Diário da Creche"
sexta-feira, 18 de maio de 2012
O que é Musicoterapia?
Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som,
ritmo, melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente
ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação,
relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros
objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas,
mentais, sociais e cognitivas.
A Musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo
para que ele ou ela alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e,
conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção,
reabilitação ou tratamento.
(Definição Oficial da Federação Mundial de
Musicoterapia)
Homenagem aos 90 anos de Zuila Moraes
Maria Zuíla
Saraiva e Silva nasceu nesta cidade de Juazeiro do Norte, em 24 de junho de
1921. Era a primogênita dos filhos do casal José Pereira e Silva (Zeca
Marcolino) e Otília Saraiva e Silva, de família numerosa com os irmãos: Zaíla,
Neusa, Juraci, Zeneida, Audísio, Zuleide e Luiz. Fez seus estudos, inicialmente,
numa escola particular sob a direção de Dona Adelaide Mendonça, onde foi
alfabetizada, em 1930. Ingressou no Grupo Escolar Padre Cícero, onde cursou todo
o primário da primeira à quarta série (de 1931 a 1934). Transferiu-se para a
Escola Normal Rural, ali cumprindo os dois anos complementares ao segundo grau
dos seus estudos (entre 1935 e 1936), para sequenciar com o ingresso no Curso
Normal Rural, em três anos (de 1937 a 1939). No dia 19 de novembro de
1939, Zuíla se tornou professora ruralista em cerimônia acontecida no Auditorium
da Escola Normal Rural, sendo participante de uma turma de 23 professores, em
sessão solene presidida pelo Dr. Plácido Aderaldo Castelo. Foram seus colegas de
turma, dentre outros, Elias Rodrigues Sobral, Ozir Moreira, Alzira Pereira,
Maria Rodrigues, Stela Ribeiro, Geni Machado, Idelvisse Belém e Iracema
Magalhães. Maria Zuíla e Silva Moraes, com dezenove anos incompletos, casou com
Alberto Bezerra Moraes em 21.06.1940. Entre os anos 40 e 50, Zuíla e Alberto
viveram a primeira fase da grande alegria com a família que constituíram: cinco
“Marias” (Otília, Célia, Márcia, Sílvia e Angela) e um “José” (José Carlos).
Em 1952 fundou e
passou a dirigir o Instituto Domingos Sávio. De outras iniciativas devemos
mencionar: a fundação e a direção da Escola Parque Dr. Joaquim de Figueiredo
Correia, em 1963, que era mais conhecida como Escola de Artes Industriais; a
fundação e a direção do Instituto Psico-Pedagógico Eunice Damasceno, em 1967; a
fundação e a direção da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais, APAE, em
1968, por cujo trabalho será eternamente lembrada; e também, pela direção do
Centro de Reabilitação do Cariri “Luís Moraes Correia”, em 1980. Da lembrança de
tantas ações meritórias de Zuíla Moraes, não pode deixar de ser lembrada a
existência do Clube de Mães, que funcionou anexo ao Instituto Maria Gorete,
precursor do Domingos Sávio. Ali as futuras mamães recebiam acolhimento e eram
capacitadas para habilitações domésticas de costura e bordado, voltadas para a
confecção de roupinhas de bebê, ao tempo em que eram assistidas com noções de
puericultura, especialmente sobre saúde, higiene e cuidados especiais com os
filhos.
O Instituto
Maria Gorete foi também importante como ponto de cultura dos adolescentes entre
o final dos anos 50 e início dos anos 60, quando Zuíla reunia a juventude para
oferecer-lhe espaço acolhedor de convivência, clube de leitura e jogos
educativos, na sua sede da Rua Padre Cícero.
Era como chamávamos o Clube do Sesinho, nome emprestado de um dos maiores
sucessos editoriais de revista infantil no Brasil, entre 1947 e 1960. Dona Zuíla
assinava esta revista com muitos exemplares e disponibilizava na sala de
leitura. Também fomentava a assinatura, pois era uma publicação de grande
expressão educacional, a partir de um elenco notável de personagens que formavam
uma turma muito admirada (Sesinho, Bocão, Nina, Ruivo etc). O Clube do Sesinho
se reunia três vezes por semana, entre 19 e 21 horas. A fórmula era simples e
muito atraente: proporcionava leitura por uma hora, e a seguir tínhamos direito
a escolher um dentre diversos jogos educativos.
Zuíla participou
de inúmeros eventos relacionados às instituições que criou e dirigiu,
destacando-se os congressos de APAEs, Encontro Interamericano de Proteção ao
Pré-Escolar, no Rio de Janeiro, em 1968; IV Encontro Interestadual da Federação
Nacional das APAEs do Nordeste, acontecimento este que ela sediou em Juazeiro do
Norte, em 1974. Foi domadora-fundadora do Lions Clube de Juazeiro do Norte, em
1956; e neste mesmo ano fundou o Instituto Brasil-Estados Unidos, bem como o
primeiro curso de língua inglesa na cidade de Juazeiro do Norte, em 1959. Foi
fundadora e Conselheira do Movimento Bandeirante em Juazeiro do Norte, a partir
de 1959, no mesmo ano em que fundou e dirigiu o Ginásio Menezes Pimentel,
mantido pelo Instituto Domingos Sávio, que abrigou o então primeiro curso
científico da cidade. Zuíla Moraes criou também o primeiro curso de Classes
Especiais, com denominação de Lar-Escola Helena Antipoff, anexo ao Instituto
Domingos Sávio, em 1970. Essa escola, pioneira em pedagogia moderna (educação
especial) contou com uma clinica (Clínica Leão Sampaio), para atendimentos
psicoemocionais, dispondo de médicos (pediatras, neurologistas, psiquiatras)
além de assistentes sociais, psicólogas, orientadoras educacionais
especializadas, e técnicos em educação física). Os trabalhos eram exercidos por
pessoal cujas especializações eram bem cuidadas em estabelecimentos de formação
de largo conceito em grandes centros de educação especial do país.
Toda esta vida
dedicada à sua comunidade foi o fruto primordial de um desejo incomum que nasceu
nela e que contou com o apoio imprescindível de seu marido, e dos filhos que
geraram para o mundo. Depois de cinco lindas filhas, saudáveis, de “marcolina”
beleza, veio José Carlos, acometido de Síndrome de Down. Nasceu com ele o grande
desafio de Zuíla e de sua família, a inspiração e a força, não só para superar o
desígnio, mas para gerar todos os impulsos que os levaram juntos a realizar o
que foi possível e o quase impossível na direção da promoção humana, a que tanto
se dedicaram. Hoje, aos 61 anos de idade, José Carlos – ao lado de sua mãe - é a
testemunha viva, silenciosa e admirada por esse exemplo coletivo de superação. O
grande, o imenso troféu da vida de Maria Zuíla e Silva Moraes.
Celebramos,
portanto, neste dia 24 de junho, em sua homenagem, a graça de sua existência, com a qual
esta nossa terra centenária tem ainda tanto a reconhecer e a lhe agradecer. Não
nos cabe esquecer, jamais, que ela é uma parte relevante desta nossa
felicidade.
Fonte: Portal de Juazeiro por Renato Casimiro
Fonte: Portal de Juazeiro por Renato Casimiro
sábado, 12 de maio de 2012
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